Serviço Social Contemporâneo
Palavras chave: Objeto, Intervenção, Significado social.
Ma. Edilene Xavier Rocha Garcia. . .
CONTEÚDO
§ O autor faz uma crítica sobre a existência, ou não de um objeto específico de estudo e intervenção do
Serviço Social.
§ Apresenta diversos autores que versam sobre o Tema sob pontos de vistas diferentes.
§ Demonstra a necessidade que a categoria de Assistentes Sociais se depara em encontrar uma especificidade para a profissão a fim de legitimá-la socialmente.
Objetivos da aprendizagem
§ Refletir sobre a existência de um objeto para o Serviço Social.
§ Discutir a especificidade como elemento legitimador da profissão.
§ Relacionar o objeto do Serviço Social com o significado social da profissão.
NÃO ESQUEÇA
§ Leia seu Livro Texto (PLT).
§ Textos Complementares.
§ Dicionário.
OBJETO DE INTERVENÇÃO
§ Nas discussões entre a categoria profissional não há consenso para a nomenclatura dispensada ao objeto de
estudo e intervenção do Serviço Social.
§ Ora como especificidade, ora como identidade.
§ Ora como natureza, como perfil, ou até cultura (MONTAÑO, 2009, p. 118).
§ Acredita que o esforço em “nominá-lo” dá-se em virtude de legitimá-lo diante das demais profissões.
ESPECIFICIDADE
§ Discutir sobre a existência ou não da especificidade do Serviço Social é preciso primeiramente compreender o que é especificidade.
§ Qualidade que certa espécie possui e pela qual se torna especial, diferente das outras (MONTAÑO, 2009, p.120).
§ Por esta razão atribui-se ao objeto do Serviço Social a importância de identidade.
IDENTIDADE
§ Conjunto de características e circunstâncias que distinguem uma pessoa ou uma coisa e graças às quais é possível individualizá-la (HOUAISS, 2001).
§ O objeto de uma profissão é algo tão particular que não deve ser tratado no exercício de outras profissões e/ou de outros profissionais. –
§ Montaño (2009) Ao analisar as leis que regem o sistema capitalista verifica-se que o Serviço Social busca por sua especialização.
§ Busca dominar um ramo do conhecimento
Montaño (2009
§ Que leis são essas?
§ Da especialização do trabalho.
§ Por esse motivo o Serviço Social insere-se neste processo de especializar-se.
§ Razão pela qual dissemos na teleaula que não há como compreender a profissão fora do contexto do sistema capitalista.
§ Fora da divisão sociotécnica do trabalho.
RECAPITULANDO
§ Ao analisar as leis que regem o sistema capitalista verifica-se que o Serviço Social busca por sua especialização.
§ E o faz numa perspectiva de “pulverização” e “segmentação” da realidade em “questões sociais”.
PULVERIZAÇÃO (HOUAISS, 2001) . . .
§ Redução a pó de uma substância dura.
§ Ato de borrifar (algo) com líquido.
§ Destruição completa de (algo).
SEGMENTAÇÃO (HOUAISS, 2001) . . .
§ Divisão por segmentos; fracionamento.
§ Divisão do mercado em grupos de indivíduos com características, necessidades e modos de atuação semelhantes, segundo seu perfil financeiro, psicológico etc.
QUESTÃO SOCIAL
§ IAMAMOTO, Marilda Vilela O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profissional. 10 ed. S PCortez,
§ Questão Social = capital x trabalho.
§ Trabalho: conjunto de atividades, produtivas ou criativas, que o homem exerce para atingir determinado fim.
§ Capital: todo bem econômico aplicável à produção [...] toda riqueza capaz de produzir renda.
QUESTÃO SOCIAL
Capital X Trabalho
Perspectiva Histórico-crítica
# O Serviço Social tem na questão social a base de sua fundação como especialização do trabalho (IAMAMOTO, 2009, p.27).
# Conjunto das expressões das desigualdades da sociedade capitalista.
# Determina o caráter histórico desta profissão.
# É uma categoria que expressa a contradição, ou seja, a incoerência fundamental do modo capitalista de produção.
PERSPECTIVA HISTÓRICO-CRÍTICA
§ Contradição se baseia nas formas de produção e apropriação da riqueza.
§ Aqueles que produzem não são os mesmos que usufruem.
§ Existe uma incoerência/contradição entre o capital e o trabalho.
§ Na relação que se estabelece entre aqueles que trabalham para produzir e aqueles que se apropriam das riquezas produzidas.
RETOMANDO
§ “Pulverizar” e “Segmentar” a realidade em questões sociais.
§ Em expressões que demonstrem as desigualdades da sociedade capitalista.
§ Ao invés de dedicar o olhar para a estrutura da sociedade;
§ Para intervir nela e transformá-la;
§ O Serviço Social segmentou-a, especializando uma profissão para tal.
Montaño (2009) . . .
§ Essa afirmação manifesta-se a partir da Tese Histórico-crítica .
§ A gênese da profissão está vinculada à ordem burguesa. - Montaño (2009) . . .
§ Todavia no “momento em que a classe burguesa perdeu seu caráter crítico revolucionário perante as lutas proletárias” [...]
§ [...] ocorreu a “segmentação da realidade em questões sociais”, permitindo o surgimento de uma
intervenção igualmente pulverizada: “as políticas sociais setoriais e pontuais”. (PLT, pp. 125-126).
OBJETO DO SERVIÇO SOCIAL. . .
§ Procurar pelo objeto desta profissão.
§ Exige identificá-lo na divisão sociotécnica do trabalho.
§ Assim sendo é necessário perceber que essa discussão é peculiar à Perspectiva Histórico-crítica.
§ A especialização cada vez mais estreita é o “destino” da nossa época [...] a extensão da ciência moderna atingiu uma amplitude que não permite à capacidade de trabalho de um só homem dominar enciclopedicamente todo o campo do saber humano” (LUKÁCS, 1992, p.122 apud MONTAÑO, pp. 120-121).
§ Há a presença do coletivo.
§ Vários especialistas/especialidades.
§ O Serviço Social origina-se neste contexto histórico (Segunda Tese).
§ Em que as profissões trabalham coletivamente cada uma na sua especialização.
Ø Existe um objeto/especialidade?
Ø A realidade pode ser fracionada?
HÁ OBJETO DO SERVIÇO SOCIAL?
Ø Para Montaño há autores que sustentam a falta da especificidade da profissão .
Ø Segundo eles, isso se dá “pela inexistência de um corpo teórico próprio.
Ø Pela carência de um método único, a ausência de objetos, de questões sociais particulares a estes” (p. 127).
Ø Ausência de objetos.
Ø De questões sociais particulares.
Ø Nessa vertente as atividades do
Ø Serviço Social podem ser desempenhadas por outros profissionais como sociólogos, psicólogos sociais, antropólogos, etc.
Ø A categoria de Assistentes Sociais “obstinadamente” deseja estabelecer a especificidade da profissão.
Ø Para garantir sua legitimidade.
MONTAÑO DESTACA QUATRO ELEMENTOS COM OS QUAIS AUTORES PESQUISADOS DEFINEM A ESPECIFICIDADE DO SERVIÇO SOCIAL.
4 ELEMENTOS
I- Recorrer à legitimidade para reverter a subalternidade gerada pela separação positivista entre ciência X
técnica.
II- Buscar a especificidade por meio de “metodologia própria: a prática profissional específica.
III- Definir o específico do Serviço Social “no tipo do sujeito com o qual trabalha (seu público-alvo): na relação profissional-povo”.
IV - Decorrente do anterior, Identificar a especificidade do Serviço Social “nos pretensos objetivos próprios” da
profissão: conscientização das classes populares, a organização e a transformação social.
1º ELEMENTO
I- Legitimidade para reverter a subalternidade:
Ø Entendem o objeto social como próprio do Serviço Social, pois acreditam que o
mesmo constitui uma ciência.
Ø Determinam o campo de pesquisa como objeto de conhecimento específico do Serviço Social, como sendo a sistematização da prática profissional.
Ø Há os que não concebem a existência de um objeto específico, exclusivo do Serviço Social, nem acreditam na “sistematização de sua prática” [...]
Ø [...] entendem que há uma “perspectiva” determinada, um certo “olhar” ou dado “recorte” específico da realidade, do objeto social, próprio à profissão”.
Ø [...] Para estes, o Serviço Social é percebido com o “parte de um corpo interdisciplinar” (PLT, p. 132).
2º ELEMENTO
II - Metodologia própria: a prática profissional específica.
Ø Percebem o Serviço Social como Tecnologia.
Ø Uma profissão cuja essência recai na atividade interventiva (PLT, p 137).
3º ELEMENTO
III - No tipo do sujeito com o qual trabalha: na relação profissional-povo.
Ø A profissão é apreendida como uma militância política.
Ø Vinculada a uma população politicamente organizada.
4º ELEMENTO
IV- Conscientização das classes populares, a organização e a transformação social.
Ø Libertar as massas [...] sua meta [...] situa-se na transformação das relações sociais” (GUERRA, 1995, p.174, apud MONTAÑO, 2009, p. 142).
Considerações Finais
Ø O Assistente Social é um ator político.
Ø Um agente provocador de mudança social.
Ø Não há especificidades para o Serviço Social.
Ø A inespecificidade é específica do Serviço Social?
Ø Há especificidade para as demais profissões sociais?
REFLEXÃO
O político deve ter: paixão por sua causa; ética em sua responsabilidade; mesura em suas atuações.
Max Weber
http://www.frasesfamosas.com.br/de/max-weber.html. . .
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